Podemos dizer que essa frase é famosa – “dividir para conquistar”. São muitos os relatos referentes a autoria, possivelmente de Sun Tzu, mas que também já foi citada por Júlio César, Maquiavel entre outros. Conseguir ou não comprovar o verdadeiro autor da frase que remete a uma estratégia de guerra não mudará em nada o espírito de ação incutida em seu esboço independentemente de seu uso. As possibilidades reais, e certamente os objetivos do tema abordado poderão continuar sendo utilizados por exércitos com suas devidas estratégias mesmo sem considerar quem tenha sido o autor.

O ato de uma pessoa em dizer algo – de estar decidida a tomar uma posição determinada referente a um tema específico – em tese não deveria nunca ser categorizado como discurso de polarização, como se fosse possível difamar ou criticar alguém simplesmente por possuir opiniões firmes a respeito de algo. Essa é só mais uma das inversões de valores impingida pela esquerda, na verdade, a indecisão sim é que deveria sofrer algum tipo de crítica, é da indecisão que se colabora indiretamente com inúmeros acontecimentos que a posteriori se comprovam indesejados. Uma pessoa – ser incentivada a permanecer em algum extremo – entre dois pontos forçando uma dicotomia – pode ser apenas um jogo de ilusões a fim de enganar o eleitorado, pode ser também só mais uma das estratégias de divisão a fim de se obter alguma vantagem para um lado de antemão determinado, principalmente nas guerras de narrativas. Determinar que existem lados opostos ao extremo pode ajudar a um político a se colocar como moderado, equilibrado, apaziguador, centrado, mesmo que nada disso corresponda a realidade. Pode ser também uma estratégia para forçar a população a perceber – na corrida eleitoral – uma possibilidade de decisão diante das estressantes posições que se apresentam como diametralmente opostas, quando na verdade o que se apresenta é falso, mentiroso, é só mais do mesmo. De um lado algumas falsas opções que tentam esconder que são de esquerda, de outro lado, pode estar mesmo faltando alguém que de fato represente a direita. A guerra eleitoral é uma disputa que começa nas narrativas e determina antecipadamente quais serão os competidores com reais possibilidades de seguir adiante, mais uma característica de um jogo com muitas cartas marcadas. Toda imagem ou percepção construída ocorre para estabelecer conexões, ou se for o caso; desqualificar o opositor, uma palavra no lugar errado pode distanciar o eleitorado, mesmo que o candidato represente exatamente os desejos mais profundos da população, ou seja, um marketeiro pode criar ou descobrir demandas pré-fabricadas na população a fim de estabelecer palavras, frases, narrativas, posturas que possuam despertar a atenção e conquistar os corações do eleitorado, um tipo de lavagem cerebral sofisticada. Mesmo que não ocorra uma relação direta e real entre o que é dito e o que de fato corresponde com a verdade, um marketeiro profissional pode por muitas vezes conseguir estabelecer os caminhos para se alcançar o tão almejado voto, e a mentira e a distorção das percepções são peças nesse jogo doentio de quem não tem compromisso com a verdade e quer chegar ao poder, custe o que custar.

              Hoje os socialistas-comunistas (e nesse caso não podemos esquecer da social-democracia) não possuem mais a hegemonia dos discursos, suas palavras-chaves de suas falsas narrativas praticamente foram descobertas como eufemismos puro da mentira, a população de um modo geral está despertando para princípios e valores que de fato representam os anseios de uma sociedade que preza por valores cristãos, conservadores, com respeito a tradição, mas enfim, por que tantas pessoas dizem estar combatendo a polarização? Quem sai ganhando com esse discurso? Certamente quem está proferindo isso, tenta de alguma maneira se colocar como opção para o eleitorado mais desatento, pois esse discurso em si não representa necessariamente nenhuma pauta, é só ruído. A terceira via é só uma expressão de quem tenta tomar lugar do outro na dita ‘polarização’. São tentativas de se passar por ‘bonzinho’, uma tentativa canhestra (literalmente canhestra) de tentar fazer com que o outro lado pareça intolerante, radical, maléfico, inacessível, desequilibrado. Na falta de argumentos o jogo é direcionado para o campo da difamação, dos apelidos, tentativas reducionistas em desqualificar a direita enquanto que a própria esquerda permanece sem apresentar propostas. A esquerda é o retrato da corrupção e das falsas acusações, esse é seu veneno e esse é seu vício. Se está no poder; a corrupção corre solta, se não estão no poder; a tática é da acusação desenfreada e sem sentido. Nesse mimetismo de quem não consegue mais se comunicar senão por imagens, com seus símbolos desgastados, acabam também por não dizer ao certo o que de fato significa acabar com a polarização. Na verdade, o que estão escondendo é que continuam desejando a todo custo calar a direita, não permitir o debate, impedir a renovação de ideias baseadas na tradição, jogando com palavras talismãs, ideias vazias sem referência histórica, pois as que tinham no passado se perderam no tempo inócuo da cretinice. A esquerda se tornou uma caricatura de si mesma.

              Pedir pelo fim do que não existe (ao menos como um quadro falso que tentam pintar) – da maneira como imaginam em suas cabeças doentias – para tentar trazer de volta o que já morreu, ou que – ao menos – só existe em memórias cadavéricas disfarçadas de novidade arqueológica, como dizia Cazuza – “Um museu de grandes ‘novidades’!”

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