O ser humano não dá a mínima para si mesmo! Essa afirmação faz muito sentido ao nos depararmos com a grande maioria de pessoas que não se relacionam consigo mesmas, que acreditam possuir uma Vontade da qual não sabem explicar sua origem e tampouco seus motivos, e ainda gostam de acreditar justamente nos larápios que mais estão a enganá-las. Estes seres  – que não gostam de si mesmos – são do tipo de pessoas que vagam pelo mundo feito almas penadas, vítimas da própria Vontade (ou ao menos do que se acredita ser a própria Vontade), rendendo-se ao medo de perder o que nunca possuíram, são vítimas da própria ignorância travestida de uso da Vontade por não reconhecerem a si mesmas senão como uma referência abstrata por meio de um nome e sobrenome, um RG, um documento burocrático que nada diz senão para o estamento controlador de almas, pois muitas destas pessoas não sabem exatamente muita coisa (ou nada) de si mesmas além do que consta nos documentos.

Existe também a questão de vivermos nos apoiando uns nos outros, mas de uma maneira senão estranha, ao menos bem curiosa, onde boa parte da população tenta adquirir bens para impressionar pessoas que não conhecem a fim de que pareçam ser o que não são, normalmente isso é o que chamamos de “cosplay de rico”, a pessoa tem tudo o que o rico tem, só não o dinheiro (não sei quem é o autor deste conceito). Já na política, por parte de alguns progressistas, ocorre exatamente o contrário. Um caso específico chama muito a atenção, a fim de conquistar a simpatia dos eleitores das periferias um determinado cidadão de família rica faz tudo para parecer o oposto do que de fato é, ou seja, para conquistar votos o cara se transfigura de um tipo específico de “cosplay de pobre”, quando na verdade ele não passa de um playboy com cara de gari (ao final do expediente) que ganha a vida sendo proxeneta de sem-teto cuja origem de família rica o deixou com fetiche de ser ‘pobre’, mas não qualquer tipo de pobre, mas sim aquele pobre que só tem aparência de pobre, comprometido com o poder e a própria manutenção da riqueza sem necessariamente ter que trabalhar para conquistar o que deseja, esse tipo gosta do mesmo que todo esquerdista gosta; encontrar um muro para se encostar, ou seja, gosta mesmo é de sombra e água fresca às custas dos outros.

Tudo muito curioso, mesmo! Porém, trágico! São inúmeros os comportamentos humanos, mas alguns causam maiores surpresas em determinadas situações, como por exemplo; quando ocorre de um cidadão ficar agradecido por receber esmolas justamente daqueles que o roubaram, é como agradecer a um estuprador após por ter violado uma mulher e depois ver esse mesmo estuprador se oferecendo para tentar ajudá-la pagando um psicólogo, ou mesmo quando um cara que ao ter o carro roubado fica agradecido pelo ladrão lhe deixar alguns trocados para pegar o ônibus para não ir para casa a pé. O Estado tem sido assim, quebram as suas pernas, mas é para o seu bem! E ainda conseguem inverter a situação se colocando como bonzinhos quando doam um par de muletas para quem foi agredido por eles. E o pior, as pessoas ligadas ao Estado ficam ofendidas quando a vítima reclama ou tenta se defender destas ações pornográficas ideológicas, é neste exato momento em que qualquer cidadão de bem vai conhecer a fúria do demônio que, como sempre, chama a si mesmo de deus enquanto tenta te matar em nome do ‘amor’.

A tragédia está basicamente em constatar que a grande maioria dos problemas da humanidade está ligado diretamente com a facilitação da vida de quem lhe prejudica, está muito relacionado ao que foi relatado no livro “O fenômeno Pitesti”, em que a situação dos prisioneiros indica que todos são carrascos e vítimas uns dos outros, todos os prisioneiros são as mesmas pessoas que apanham e batem, um encontro nefasto em que o torturador e o torturado se alternam, tudo na mesma pessoa, e o Estado é um dos mediadores para que a desordem psicológica continue perpetuamente.

Leia o livro #ofenomenopitesti

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