O Bem é um objetivo a ser alcançado, como uma meta, uma luta, é algo que deve ser construído dia-a-dia, um edifício que deve ser erguido todos os dias desde seu fundamento mais profundo, não é algo dado pelo mundo, é algo a ser levantado, construído, exaltado por seu poder transformador, talvez até seja algo antinatural para o homem. Em algum momento da história da humanidade descobrimos seus potenciais efeitos positivos, em contrapartida, o seu oposto é o mal, que nos é dado de ‘graça’ desde os tempos mais primitivos, tem a ver com o nascimento da consciência, início da Queda da humanidade na Terra, tem a ver com a luta animalesca pela própria sobrevivência que tem suas características mais notáveis na Natureza bruta. Como um animal selvagem que luta contra a própria extinção como algo comum, natural, a luta pela própria sobrevivência, paradoxalmente, ao tentar se defender de seus predadores e ao mesmo tempo ter que ser também um predador de seres que estiverem logo abaixo na cadeia alimentar, dessa mesma natureza selvagem, um ciclo natural para os animais que, em tese, não possuem consciência da própria natureza das coisas, todos não passam de seres vivos tentando sobreviver como algo totalmente comum e natural, mas com a humanidade não é bem assim, tudo é muito mais amplo e perigoso, sutil e engenhoso. Pois somos potencialmente predadores de nós mesmos, lutamos contra tudo e contra, ou seja, lutamos também contra nós mesmos, contra nossos semelhantes, é a luta do homem contra o homem, daí o mal se estabelece de maneira dada, gratuita, e infelizmente até ‘tranquila’, como algo comum, enquanto que o bem é algo que devemos construir, como algo antes inexistente, e que ainda temos que nos esforçar diariamente para manter tudo o que fizemos de bem ontem, para hoje e sempre.

E para piorar a situação ainda temos as armadilhas psicológicas, se você pensar em algo de mal para alguém acabará que a princípio irá disfarçar esse sentimento como se fosse algo ‘justo’, como a pensar e dizer para si mesmo que “a pessoa mereceu”, “que isso seria o desígnio de uma suposta ‘justiça’”, caso contrário estaria reconhecendo o mal em si mesmo, e isso a grande maioria das pessoas negam. O mal é algo que apenas reconhecemos nos outros. Quem conhece uma pessoa que já tenha reconhecido ser uma pessoa má? Todos se acham bonzinhos e injustiçados. Tal reconhecimento não ocorre para a grande e esmagadora maioria das pessoas, todos quase sem nenhuma exceção, todos sempre tentando justificar os próprios pensamentos e atos como se fossem justos e bons, logo, o mal não reconhece a si mesmo.

Quando você pensa que algo de ruim tem que acontecer para determinada pessoa, você está de imediato concretizando o mal dentro de você mesmo. O mal que você deseja para o outro, é também o mal que você deseja a si mesmo, não está no outro sem antes nascer em você, logo você já sai perdendo, mesmo que acabe por não fazer nada contra o outro, já está em erro apenas por pensar em fazer algo, mas pode piorar, caso você leve o plano maligno adiante, você só estará aumentando ainda mais sua carga negativa dentro do seu próprio corpo, da sua mente, do seu espírito, assim, na efetivação do seu plano, o mal toma proporções inimagináveis, você já sucumbiu sem nem mesmo perceber o tanto de mal que já fez a si mesmo, e ainda, sem muito considerar o mal que tem feito ao outro, logo, todos os envolvidos já estão perdendo, e mesmo que os efeitos nos outros sejam mais fáceis de serem percebidos, os efeitos silenciosos em você mesmo também já estão atuantes e de efeito prolongado.

Com relação ao Bem, há semelhanças quanto ao seu surgimento e suas consequências, assim que você começar a pensar em fazer o Bem para alguém já estará de imediato se beneficiando dos pontos positivos que o pensamento de coisas boas pode fazer a quem se utiliza de tais princípios, o Bem vai se potencializando em seus efeitos para todos ao redor, principalmente no momento em que vai se concretizando no outro, logo todos ganham.

A grande diferença entre o Bem e o mal está em seus efeitos prolongados, é impressionante como os efeitos malignos se perpetuam nas pessoas, tanto em quem os pratica, como em quem seus efeitos se estabelecem por meio de terceiros, ou seja, quem pratica o mal está perpetuando o mal, e quem é vítima de uma ação maligna e não consegue superar seus efeitos, e ainda fica a ruminar a respeito do mal sofrido que lhes foi impingido, estes também ajudam a perpetuar os efeitos negativos. Com relação as ações do Bem, é impressionante como estão sujeitos ao esquecimento, é impressionante como sempre estamos lutando contra esse tipo específico de força-da-gravidade, o mal sempre está a nos puxar para baixo, enquanto que o Bem, para que possamos ter bons pensamentos e boas ações, estamos sempre tendo que nos esforçarmos além do sobrenatural, é difícil vencer a gravidade para quem não possui assas e não possui meios artificializados para vencer sua força, é impressionante como é muito difícil, é impressionante como a luta pelo Bem demanda energia a fim de obter resultados, às vezes pífios.

Nascemos em um mundo miserável em que antigamente morávamos em cavernas há milhares e milhares de anos, tivemos que nos esforçar muito para criar o mundo que hoje vivemos, e mesmo assim, repleto de defeitos, e ainda é infinitamente melhor do que o mundo de duzentos anos, dez mil anos atrás, mas há quem pense o contrário, pois estão ‘comprometidos’ inconscientemente com o mal. Assim é a luta contra a gravidade do mal, que nos puxa para baixo sem muito esforço, enquanto que o voo, a jornada para o Bem, requer esforços descomunais, intenções descomunais, ações descomunais. Seus efeitos nem sempre são sentidos, quando muito são percebidos por poucos, sua durabilidade no tempo é efêmera e, portanto, se faz necessário um esforço contínuo e perpétuo para que não fique no esquecimento. O mal não é eterno, mas o Bem, para que seja percebido, deve ser constantemente abastecido e praticado; sempre!

The Good and the Evil

The Good is a goal to be achieved, like a target, a struggle; it is something that must be built day by day, a building that must be erected every day from its deepest foundation. It is not something given by the world; it is something to be lifted, constructed, exalted for its transformative power. Perhaps it is even something unnatural for man. At some point in the history of humanity, we discovered its potential positive effects; on the other hand, its opposite is evil, which has been given to us ‘for free’ since the most primitive times. It is related to the birth of consciousness, the beginning of the Fall of humanity on Earth, and it has to do with the animalistic struggle for survival, which has its most notable characteristics in raw Nature. Like a wild animal fighting against its own extinction as something common, natural, the struggle for its own survival, paradoxically, while trying to defend itself from its predators and at the same time having to be a predator of beings that are just below it in the food chain, of that same wild nature, a natural cycle for animals that, in theory, do not possess awareness of the very nature of things, all are nothing more than living beings trying to survive as something completely common and natural, but with humanity, it is not quite so, everything is much broader and more dangerous, subtle and ingenious. For we are potentially predators of ourselves, we fight against everything and against, that is, we also fight against ourselves, against our fellow beings, it is the struggle of man against man, hence evil establishes itself in a given, gratuitous, and unfortunately even ‘tranquil’ manner, as something common, while good is something we must build, as something previously non-existent, and that we still have to strive daily to maintain everything we did well yesterday, for today and always.
And to make matters worse, we also have psychological traps; if you think something bad about someone, you will initially disguise that feeling as if it were something ‘just’, like thinking and telling yourself that “the person deserved it,” “that this would be the design of a supposed ‘justice’.” Otherwise, you would be recognizing the evil within yourself, and that is something the vast majority of people deny. Evil is something we only recognize in others. Who knows a person who has ever admitted to being a bad person? Everyone thinks they are good and wronged. Such recognition does not occur for the vast and overwhelming majority of people, almost everyone without any exception, all always trying to justify their own thoughts and actions as if they were just and good, therefore, evil does not recognize itself.
When you think that something bad has to happen to a certain person, you are immediately materializing the evil within yourself. The harm you wish for others is also the harm you wish for yourself; it does not exist in the other without first being born in you. Thus, you are already losing, even if you end up doing nothing against the other. You are already in error just by thinking of doing something. But it can get worse if you carry the evil plan forward. You will only be increasing your negative burden within your own body, mind, and spirit. Thus, in the execution of your plan, the evil takes on unimaginable proportions. You have already succumbed without even realizing how much harm you have already done to yourself, and still, without much consideration of the harm you have done to others. Therefore, all involved are already losing, and even if the effects on others are easier to perceive, the silent effects on yourself are already at work and have a prolonged impact.
Regarding Good, there are similarities in its emergence and its consequences. As soon as you start thinking about doing Good for someone, you will immediately begin to benefit from the positive aspects that the thought of good things can bring to those who use such principles. Good will amplify its effects for everyone around, especially at the moment it is realized in the other, thus everyone wins.
The great difference between Good and Evil lies in their prolonged effects. It is impressive how evil effects perpetuate in people, both in those who practice them and in those whose effects are established through third parties. In other words, those who practice evil are perpetuating evil, and those who are victims of a malicious action and cannot overcome its effects, and still ruminate on the evil suffered that was imposed on them, also help to perpetuate the negative effects. Regarding the actions of Good, it is impressive how they are subject to forgetfulness, it is impressive how we are always struggling against this specific type of gravity, evil is always pulling us down, while for Good, in order to have good thoughts and good actions, we are always having to strive beyond the supernatural, it is difficult to overcome gravity for those who do not have wings and do not have artificial means to overcome its force, it is impressive how very difficult it is, it is impressive how the struggle for Good demands energy in order to achieve results, sometimes meager ones.
We were born into a miserable world where we used to live in caves thousands and thousands of years ago. We had to work very hard to create the world we live in today, and even so, it is full of flaws, and it is still infinitely better than the world of two hundred years, ten thousand years ago. But there are those who think otherwise, as they are ‘unconsciously’ committed to evil. Thus is the struggle against the gravity of evil, which pulls us down with little effort, while the flight, the journey towards Good, requires colossal efforts, colossal intentions, colossal actions. Its effects are not always felt, at most they are perceived by a few, its durability over time is ephemeral and, therefore, a continuous and perpetual effort is necessary so that it does not fall into oblivion. Evil is not eternal, but Good, in order to be perceived, must be constantly nurtured and practiced; always!

Le Bien et le mal
Le Bien est un objectif à atteindre, comme une cible, une lutte, c’est quelque chose qui doit être construit jour après jour, un édifice qui doit être érigé chaque jour depuis son fondement le plus profond, ce n’est pas quelque chose donné par le monde, c’est quelque chose à être levé, construit, exalté par son pouvoir transformateur, peut-être même que c’est quelque chose d’antinaturel pour l’homme. À un moment de l’histoire de l’humanité, nous avons découvert ses effets positifs potentiels, en revanche, son opposé est le mal, qui nous est donné “gratuitement” depuis les temps les plus primitifs, cela a à voir avec la naissance de la conscience, le début de la Chute de l’humanité sur Terre, cela a à voir avec la lutte animale pour la propre survie qui a ses caractéristiques les plus notables dans la Nature brute. Comme un animal sauvage qui lutte contre sa propre extinction comme quelque chose de commun, de naturel, la lutte pour la survie, paradoxalement, en essayant de se défendre de ses prédateurs tout en devant aussi être un prédateur pour les êtres situés juste en dessous dans la chaîne alimentaire, de cette même nature sauvage, un cycle naturel pour les animaux qui, en théorie, n’ont pas conscience de la nature des choses, tous ne sont que des êtres vivants essayant de survivre comme quelque chose de totalement commun et naturel, mais avec l’humanité ce n’est pas ainsi, tout est beaucoup plus vaste et dangereux, subtil et ingénieux. Car nous sommes potentiellement des prédateurs de nous-mêmes, nous luttons contre tout et contre nous-mêmes, c’est-à-dire que nous luttons aussi contre nous-mêmes, contre nos semblables, c’est la lutte de l’homme contre l’homme, d’où le mal s’établit de manière donnée, gratuite, et malheureusement même ‘tranquille’, comme quelque chose de commun, tandis que le bien est quelque chose que nous devons construire, comme quelque chose d’inexistant auparavant, et que nous devons encore nous efforcer quotidiennement de maintenir tout ce que nous avons fait de bien hier, pour aujourd’hui et pour toujours.
Et pour aggraver la situation, nous avons encore les pièges psychologiques. Si vous pensez à quelque chose de mal pour quelqu’un, vous finirez par déguiser ce sentiment comme si c’était quelque chose de ‘juste’, en pensant et en vous disant que “la personne le mérite”, “que c’est le dessein d’une supposée ‘justice'”. Sinon, vous reconnaîtriez le mal en vous-même, et la grande majorité des gens le nient. Le mal est quelque chose que nous ne reconnaissons que chez les autres. Qui connaît une personne qui a déjà reconnu être une personne mauvaise ? Tout le monde se croit gentil et injustement traité. Une telle reconnaissance ne se produit pas pour la grande et écrasante majorité des gens, presque tous sans aucune exception, tous essayant toujours de justifier leurs propres pensées et actes comme s’ils étaient justes et bons, donc, le mal ne se reconnaît pas lui-même.
Quand vous pensez que quelque chose de mauvais doit arriver à une certaine personne, vous concrétisez immédiatement le mal en vous-même. Le mal que vous souhaitez pour l’autre, c’est aussi le mal que vous souhaitez pour vous-même, il n’est pas chez l’autre sans d’abord naître en vous, donc vous êtes déjà perdant, même si vous finissez par ne rien faire contre l’autre, vous êtes déjà en erreur rien qu’en pensant à faire quelque chose, mais cela peut empirer, si vous poursuivez votre plan maléfique, vous n’augmentez que davantage votre charge négative dans votre propre corps, votre esprit, votre âme, ainsi, dans l’exécution de votre plan, le mal prend des proportions inimaginables, vous avez déjà succombé sans même réaliser combien de mal vous vous êtes déjà fait, et encore, sans trop considérer le mal que vous faites à l’autre, donc, tous les impliqués sont déjà perdants, et même si les effets sur les autres sont plus faciles à percevoir, les effets silencieux sur vous-même sont également déjà en action et de longue durée.
En ce qui concerne le Bien, il y a des similitudes quant à son apparition et ses conséquences. Dès que vous commencez à penser à faire le Bien pour quelqu’un, vous bénéficierez immédiatement des effets positifs que la pensée de bonnes choses peut avoir sur ceux qui utilisent de tels principes. Le Bien se renforce dans ses effets pour tous ceux qui vous entourent, surtout au moment où il se concrétise chez l’autre, donc tout le monde y gagne.

La grande différence entre le Bien et le mal réside dans leurs effets prolongés, il est impressionnant de voir comment les effets malveillants se perpétuent chez les gens, tant chez ceux qui les pratiquent que chez ceux chez qui leurs effets s’établissent par l’intermédiaire de tiers, c’est-à-dire que ceux qui pratiquent le mal perpétuent le mal, et ceux qui sont victimes d’une action malveillante et ne parviennent pas à surmonter ses effets, et qui continuent à ruminer le mal subi qui leur a été infligé, ceux-là aussi contribuent à perpétuer les effets négatifs. En ce qui concerne les actions du Bien, il est impressionnant de constater à quel point elles sont sujettes à l’oubli, il est impressionnant de voir à quel point nous luttons toujours contre ce type spécifique de force de gravité, le mal nous tire toujours vers le bas, tandis que le Bien, pour que nous puissions avoir de bonnes pensées et de bonnes actions, nous devons toujours nous efforcer au-delà du surnaturel, il est difficile de vaincre la gravité pour ceux qui n’ont pas d’ailes et qui n’ont pas de moyens artificialisés pour vaincre sa force, il est impressionnant de voir à quel point c’est très difficile, il est impressionnant de voir à quel point la lutte pour le Bien demande de l’énergie afin d’obtenir des résultats, parfois dérisoires.

Nous sommes nés dans un monde misérable où, autrefois, nous vivions dans des cavernes il y a des milliers et des milliers d’années, nous avons dû nous efforcer énormément pour créer le monde dans lequel nous vivons aujourd’hui, et même ainsi, rempli de défauts, il est encore infiniment meilleur que le monde d’il y a deux cents ans, dix mille ans, mais il y en a qui pensent le contraire, car ils sont ‘engagés’ inconsciemment dans le mal. Ainsi est la lutte contre la gravité du mal, qui nous tire vers le bas sans beaucoup d’effort, tandis que le vol, le voyage vers le Bien, nécessite des efforts colossaux, des intentions colossales, des actions colossales. Ses effets ne sont pas toujours ressentis, au mieux perçus par quelques-uns, sa durabilité dans le temps est éphémère et, par conséquent, un effort continu et perpétuel est nécessaire pour qu’il ne tombe pas dans l’oubli. Le mal n’est pas éternel, mais le Bien, pour être perçu, doit être constamment alimenté et pratiqué; toujours !

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