Cabeça do Problema
Compreender o mundo em que vivemos não é nada fácil, isso é certo, e a missão é muito difícil até mesmo para estudiosos, pessoas que se dispõe a estudar nossa existência e a nossa permanência no mundo, e essa missão de entender o mundo fica ainda mais difícil para as pessoas que nascem em famílias de nível social sem acesso à cultura, sem o devido acesso à informação, o que normalmente é acompanhado de um nível cultural também muito limitado. Com mais acesso à cultura e ao conhecimento, aumentam as chances de se obter uma vida melhor, um emprego melhor, o entendimento melhor de si mesmo e do mundo a volta a fim de se utilizar dos recursos que cada pessoa pode ter ao alcance das mãos. O acesso à cultura abre portas, porém, muitos dos comportamentos adquiridos na infância e no começo da adolescência podem marcar a vida de uma pessoa por toda a sua existência, com consequências que podem atrapalhar principalmente no mercado de trabalho. As pessoas que defendem de maneira simplista o combate à desigualdade, como é feito por parte dos socialistas e progressistas, pessoas que no fundo não se interessam de fato em resolver o problema em sua origem, na verdade esses grupos de ‘combate’ a desigualdade vivem da pobreza do outro – da pior maneira possível – dando a população a ilusão de que o problema está exclusivamente na desigualdade, sendo que na verdade a desigualdade é uma consequência, um sintoma, e não a causa do problema. O que mais gera desigualdade no mundo é a falta de estudo, educação, baixo nível cultural, baixo conhecimento técnico profissional ou limitado, a falta de emprego por si só gera muita desigualdade. Acontece que pessoas simples tem dificuldade em entender as causas reais dos problemas que acontecem em suas vidas, e assim, se deixam levar por charlatões que – mesmo sabendo que não irão resolver o problema da maneira como comumente apregoam – acabam criando falsas ilusões, pois estão cientes de que nada vai acontecer, que determinada ideia não vai dar em nada e que eles não vão resolver questão alguma. Fica estabelecido o cenário ideal para o comunismo se fortalecer e se impor, ao final do processo de instalação do socialismo surge a desgraça da fome, falta de liberdade, a vida ameaçada e a miséria se instalam de maneira voraz. Oferecem o paraíso e entregam o inferno. São como falsos profetas que estão mais preocupados com eles mesmos do que com a população, outros desavisados estão mais preocupados em se sentirem como ‘boas pessoas’, muito mais do que de fato praticar o Bem no mundo real. Ser uma pessoa boa também é coisa difícil, pois até para isso há de se considerar que dá muito trabalho.
Outro problema sério – e de difícil solução – está na mudança de comportamento, uma pessoa que não entende as regras de convivências sociais, a maneira que cada um deve se comportar para melhor ter acesso aos ‘bens’ do mundo, ter chances melhores nas empresas frente as situações diferentes para funções diferentes, e o que pode facilitar ou dificultar a possibilidade de conquistar cargos melhores, mais elevados, toda a falta de conhecimento pode dificultar o acesso a empregos melhores. Um adolescente que cresceu sem praticamente nenhuma disciplina em seu dia-a-dia certamente terá mais dificuldades em se adaptar ao mercado de trabalho, uma empresa que não presa por seus métodos de trabalho dificilmente sobreviverá em um mercado competitivo, uma pessoa que mistura questões da vida pessoal com a vida profissional terá maiores dificuldades em seguir adiante, uma pessoa que fala alto em ambientes privados pode começar a perceber que outras pessoas a evitam, agir com ansiedade diante de um processo comercial pode atrapalhar no fechamento de um contrato, alguém que precisa estudar para uma prova difícil e não conhece métodos de estudo, pode ter maiores dificuldades em obter uma boa avaliação ou mesmo não tomar ciência de que a leitura de um bom livro poderá alavancar a vida muito mais do que ficar assistindo programas de tevê de gosto duvidoso. Alguém que esteja mais propenso a se submeter a hierarquia, algum tipo de contenção ou por meio de sacrifícios financeiros, certamente terá suas chances potencializadas no momento de obter um bem de valor agregado ou mesmo obter melhores resultados ao abrir uma empresa. São inúmeras as ações e consequências negativas que as pessoas podem vivenciar sem o devido planejamento, até mesmo se colocar em risco diante de acontecimentos simples do cotidiano, justamente por não ter feito um mínimo de exercício do que for possível quanto a previsão das consequências dos próprios atos. Em decorrência de um bom planejamento, uma pessoa pode passar a praticar boas ações – ou mesmo – a partir do momento em que toma conhecimento de atitudes consideradas pela vivência como vencedoras, em contraponto a atitudes cuja a experiência podem levar a uma derrocada; um time de futebol desorganizado, sem treinamento, sem preparo físico, pode muito facilmente ser derrotado por um time que se preocupou e se desenvolveu por meio de exaustivos treinamentos, que teve acesso a informações e que se desdobraram em ações positivas de organização e desempenho. Vitimização certamente não levará ninguém a nenhum lugar efetivamente sólido, firme, pode sim ajudar em um primeiro momento angariando alguma ajuda, porém, sem o devido embasamento, os recursos podem se esgotar e a pessoa que não aproveitou a oportunidade do momento para aprender algo e se desenvolver, e até mesmo ficando assim comprometida a possibilidade de troca de informações e experiências, podendo até estabelecer algo pernicioso, sem alicerce, criando-se uma relação próxima ao parasitismo em que se tira tudo que pode do meio, em um determinado acontecimento, e por outro lado, sem devolver nada de produtivo, sem gerar valor. Quando a sociedade começa a ignorar os potenciais parasitas no entorno, certamente em um determinado momento irá acontecer da fonte secar, ou seja, não há riqueza que uma hora ou outra não acabe, não há vida que em algum momento não cesse. E ainda, em algum momento as pessoas podem perder o interesse em ajudar umas as outras, pois, não há maneiras de se ajudar quem não ajuda a si mesmo.