(Uma análise da relação inusitada entre Literatura Latino-Americana, marxismo cultural e Conservadorismo)

O Realismo Fantástico ou Realismo Mágico é uma vertente da literatura Latino Americana muito conhecida pelo mundo. O termo tem um alcance muito genérico transitando pela literatura, pintura, obras cinematográficas, poesia, etc. Contém em si uma espécie de sincretismo religioso e tecnológico, a superstição como medida do exagero, mesclando acontecimentos históricos com ideologias políticas, aspectos da natureza selvagem, crendices dos povos andinos, mitos da Floresta Amazônica e – de maneira ampla e muito bruta – relaciona-se com o passado indígena das américas, assim como mantém aspectos étnicos culturais e sociais ao criar e recriar um universo de cores e possibilidades entre passado e presente. O termo também possui referência com a pintura alemã do início do século XX. A mistura permanente e constante de elementos da realidade com elementos sobrenaturais particulariza o corriqueiro mundo da vida simples dos lugares mais longínquos e afastados que se coloca em contraponto (e/ou em absorção) com os elementos da vida moderna e tecnológica das grandes cidades, a fantasia faz parte da vida assim como a realidade que se funde em um universo mágico, espontâneo, tão real como fantástico.

              Inocentemente o Realismo Fantástico produz solo fértil para as tentativas de manipulação e dominação da política praticada pela a esquerda, faz décadas que essa mesma esquerda se utiliza do imaginário latino americano como ferramenta e fomento à utopia socialista que comumente se coloca como racionalista a fim de disfarçar e negar seus aspectos emocionais e fantasmagóricos de doutrinação e destruição.

Na vida política fica impossível não fazer um paralelo do Realismo Fantástico com as ideologias marxistas que, por um lado se esforçam em encaixar (sem medir as consequências de seus atos) teorias absurdas e fantasmagóricas com a desculpa de construir uma nova Moral Cristã (lê-se destruir) e recriar de maneira brusca e covarde um novo Super-Homem (de Nietzche talvez?!); mudar de fora para dentro os hábitos, as crenças e os costumes da população. No Realismo Fantástico a fusão entre realidade e fantasia acontece de maneira espontânea e permanece – mais no campo do imaginário e menos no campo da realidade. No socialismo, essa fusão acontece de maneira contrária, forçando a fantasia dentro da realidade, mesmo que isso possa representar e efetivar o “sacrifício” de vidas. É importante ressaltar que aqueles que se dizem “defensores” da igualdade não medem esforços para liquidar com a vida alheia daqueles que se colocam contrários à suas ideias, mas sempre em nome de um “Bem-Maior”. No mundo real o mal se disfarça de bem; por isso o socialismo costuma ser genocida. No mundo da fantasia o Realismo Fantástico não interfere nas boas relações humanas, apenas interage com o que está ao alcance e adquire ares de realidade ao se utilizar da modernidade tecnológica como se fosse coisa de outro mundo. Enquanto isso o Conservadorismo fica quieto no seu canto, observando e aprendendo. Tudo que foi testado com o tempo e devidamente aprovado merece ser incorporado, seu legado é o acúmulo gigantesco do aprendizado de centenas de anos.

No Realismo Fantástico essa relação inofensiva entre realidade e fantasia é algo que pode ser muito enriquecedor, a literatura latino-americana ganha em muito ao incorporar aspectos da realidade com o mundo ficcional; o mundo das artes e seus admiradores também ganharam muito com isso. Na incorporação política dos conceitos marxistas ocorre o contrário, essa teoria contaminou – como um todo – o mundo das artes com seus ideologismos; com isso o mundo inteiro perdeu e ainda perde – a cada dia fica mais pobre e medíocre. E, por fim, ao observar e aprender com o que estiver ao alcance, com o que for possível com a tradição, incorporando por meio dos aspectos históricos o que vem dando certo na humanidade, o Conservadorismo – por não negar a realidade – torna-se a vanguarda na inovação e celebração da vida por meio das relações humanas.

Não é por meio do esquecimento que aprendemos, mas sim com a reafirmação da memória dos nossos antepassados que conseguimos seguir em frente; a vida e a liberdade são celebrações políticas e artísticas que perdurarão pelo tempo.

Quadro resumo:

1º Realismo Fantástico – incorpora elementos da realidade com um mundo de fantasias e folclores. Funde e mescla essa realidade com as superstições e lendas regionais e assim eleva o imaginário humano enriquecendo o mundo das artes.

2º Socialismo (marxismo cultural) – força a teoria na prática, ou seja, força a ocorrência de uma visão fantasmagórica, utópica; é a própria mentira tentando dominar o mundo da realidade.

3º Conservadorismo – observa e absorve; aprende e apreende; e por meio das práticas diárias da vida, ao longo dos tempos, aproveita o que for possível da realidade histórica e tudo que ficou provado como bom e funcional em respeito à vida, a liberdade e a propriedade; permanece nessa busca, assim, para todo o sempre.

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