Não faz muito tempo as pessoas no colégio ou no trabalho podiam praticar com os amigos (ou colegas como cada um preferir), o hábito das micro agressões, piadas ou provocações nem sempre muito inocentes; é verdade!, que ao contrário do que podem demonstrar, trata-se de algo que fortalece a todos, principalmente aos homens, que ao ter que lidar com trabalhos difíceis e muitas vezes colocando suas vidas em risco, necessitam não só aliviar as tensões com brincadeiras bobas, mas também para saber se podem ou não contar com os colegas, afinal de contas, se alguém for ególatra o suficiente, bobão ou frágil o suficiente para não aguentar uma brincadeira sem graça como uma apelido ou uma piada infantil, certamente não servirá para ser seu parceiro em muitas dessas atividades perigosas. Uma pessoa assim nunca é confiável!

Uma pessoa que não tem senso de humor e que se leva muito a sério, que não tem uma capacidade imaginativa razoável ou até mesmo inexistente, que tem dificuldades em ter empatia pelo outro a ponto de confundir-se a si mesma como o centro do universo, uma pessoa assim certamente terá dificuldades em lidar com uma alcunha, chacota, apelido, epiteto, e, por ter certeza de toda a sua própria bondade e capacidade altruísta que pode assim acabar por transbordar de ódio por todos aqueles que não a percebem com a grandiosidade que a própria pessoa pensa de si mesma, desejando que estas pessoas impuras (os piadistas), sejam presas, eletrocutadas, esquartejadas, violentadas, por terem cometido o abusivo crime da piada, crime do apelido, crime da palavra, e porque não dizer crime do pensamento. Onde já se viu fazer brincadeira com a deidade dos outros?!

Alguém que confunde a palavra do outro com a própria personalidade, alguém que não entende os limites de si mesmo, de seu corpo e de sua alma, alguém que não consegue abstrair das palavras e das situações senão pequenos acontecimentos que não sejam para alimentar seu ego ou ferir seu orgulho, alguém assim é tão perigosa a ponto de desejar a morte de quem quer que seja por não ser capaz de reconhecê-la como uma sumidade, uma realeza sem coroa. Alguém assim revela a cada movimento a própria escuridão e por isso mesmo possui uma incrível necessidade de enganar a si mesma.

Aquele que confunde a si mesmo como alguém supremo irá se amparar na modinha do momento na tentativa de proibir e até criminalizar a felicidade alheia a fim de provar a todos a sua suposta ‘bondade abundante superior’.

A hipersensibilidade é demonstração de franqueza, certamente não é uma virtude, e ainda tem boas chances de se tratar de alguém que deseja ser o centro das atenções, mas que certamente não está conseguindo a audiência para tal, por diversos motivos; é certo. Outro tipo curioso está no fetiche do Bem, uma pessoa que acredita ser o suprassumo da ‘bondade’ não pode ser tratada com piadinhas que podem diminuir sua grandeza de um suposto valor atribuído por ela mesma. Rir de si mesmo?! Aceitar piadas?! De quem quer que seja… nem pensar! Fica subentendido que “Eu sou uma divindade!” e que a cadeira elétrica é o destino de quem discordar.

Assim, toda uma geração de fracotes que confundem a palavra do outro como sendo um atentado ao pudor, estupro psicológico, violência física, preconceito, tentativa de homicídio; tudo por meio da palavra, por meio de uma chacota, uma brincadeira que só faz sentido naquele momento específico para aquele grupo específico (não encontra sentido em outro lugar ou momento). Uma pessoa pode ser carinhosa com um amigo chamando-o por uma palavra aparentemente pejorativa, enquanto que uma outra pessoa dita ‘respeitosa’ pode transbordar em preconceito mesmo sendo extremamente educada e ainda tratar de maneira sutil com desrespeito e desdém a quem despreza, mesmo se utilizando das palavras senhor(a), por favor, blá-blá-blá.

Assim fica mais fácil para grupos escusos de bandidos sem caráter, globalistas, progressistas que se acham os senhores do universo, e que vivem escondidos em suas próprias covardias arquitetando planos mirabolantes a fim de acabar com a harmonia e a capacidade das pessoas de rirem de si mesmas para dominar a todos com facilidade, se ninguém mais é amigo de ninguém, se nem mesmo uma brincadeira será mais permitida (mesmo que seja sem graça), pois nem mais uma piada será tolerada pelo diabo da egolatrina. O que será de nós todos? Viraremos inimigos de nós mesmos?! Por Deus! Alguém salve a chacota, a piada, a alcunha, a resenha, o apelido…! Alguém salve a alegria das coisas bobas!

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