Entender as teorias, as filosofias, as ideologias de hoje em dia se tornou um problema intelectual de enorme trabalho, e isso ocorre não simplesmente pela complexidade dos pensamentos em torno dos temas a serem abordados, o que já demandaria um serviço intenso, mas pelo simples fato de que o revisionismo político (histórico e ideológico), a propaganda exacerbada para tirar vantagem do desconhecimento da população, as distorções dos conceitos a fim de que os opositores pareçam ruins e os verdadeiros malfeitores pareçam bons aos olhos dos leigos, são inúmeros os motivos que ajudam a dificultar o bom entendimento das ideias políticas dos últimos cento e cinquenta anos.
A origem da palavra fascismo surge de fasces, palavra latina que significa um feixe de varas amarradas em volta de um machado a fim de sugerir “uma força por meio da união” de seus integrantes, o termo foi usado como símbolo de poder conferido aos magistrados romanos para flagelar e decapitar pessoas desobedientes, o ditador Mussolini o resgatou e passou a usar este símbolo para seu partido na Itália e em sequência seus partidários passaram a se autodenominar fascistas.
A famosa frase de Mussolini “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado”, nos faz pensar em inúmeros tipos de fascismos como sinônimo de indiferença quanto ao pensamento alheio que não seja confluente com o que for defendido dentro de um determinado grupo, intolerância, falta de respeito com relação ao outro, totalitarismo, entre outras variantes de radicalismo. A palavra toma novos rumos, novos sentidos a partir da distorção real de seu significado a fim de destratar opositores, quando na verdade deveria ser usada para algumas variações de comunismo, socialismo, social-democratas, iluministas, racionalistas, utilitaristas (estes sim, são os verdadeiros fascistas) entre outros movimentos que refletem a capacidade imoral de negarem a si mesmos, fato este que corrobora com a distorção do real significado de fascismo da parte daqueles que o praticam de maneira velada para depois acusarem seus opositores, estes que justamente nunca foram nem de perto algo que pudesse remeter a alcunha recebida. Os esquerdistas são seres imorais e amorais que são capazes de gritar “pega ladrão” no exato momento em que estão roubando suas vítimas, não seria o caso de duvidar que os verdadeiros fascistas citados acima não fossem capazes de também chamar as vítimas de seus crimes de fascistas, simplesmente para confundir a sociedade e assim ganhar mais tempo e condições mais favoráveis para avançar em suas falcatruas e roubalheiras, e ainda quem sabe entram no jogo com alguma vantagem do tipo “se colar… colou?!”.
Filhotes do iluminismo, do racionalismo, do positivismo, do utilitarismo é que são os verdadeiros fascistas, hoje um dos termos mais corretos poderia ser o de Fascismo Científico, onde um ignorante que nada entende de ciência se sente confortável em dizer que “não existe nada fora da ciência, tudo dentro da ciência”. O fascismo científico tem sua origem no racionalismo utilitarista que hoje domina as universidades, principalmente as universidades públicas, que produzem os mais intensos idiotas úteis que se esforçam em impedir o debate, justamente fazem o contrário do que deveria acontecer em uma universidade, ou seja, o espaço deveria permanecer aberto para o confronto de ideias contrárias, o que acontece hoje é o oposto, hoje não é só o poste que mija no cachorro, tem também o ignorante que come caviar, mas arrota ovo!