Importante iniciarmos esse tema com algumas das definições básicas a respeito do que é propriedade não só como qualidade inerente aos seres, mas também como atributo especial; faculdade, caráter, característica. Direito legal de possuir (algo). Porção considerável de terra com tudo que existe nela, pertencentes a um dono; fazenda, herdade, quinta. Imóvel pertencente a alguém. Coisa possuída com exclusividade. Direito de usar, gozar e dispor de um bem, e de reavê-lo do poder de quem ilegalmente o possua. Algumas correntes jurídicas, econômicas e até filosóficas vão entender o direito à propriedade como um direito natural, concepção cuja própria aceitação não é uníssona no meio acadêmico e jurídico.
Determinar o momento exato do surgimento da vida humana na Terra é missão difícil (na verdade acredito que seja impossível), ironicamente deve ser tão ‘simples’ quanto adivinhar o futuro, mas não duvide que algum progressista se apresente como alguém capaz de realizar tal função, mesmo assim especialistas estudam o assunto há muitos anos (e sim, devem continuar tentando) e até o momento, dificilmente alguém consegue determinar com um mínimo de precisão a respeito do tema, porém, muitas informações subjacentes, indiretamente, podem nos direcionar para algumas idéias básicas mais assertivas. E ainda temos outros temas difíceis, ao observar como os animais se organizam é possível imaginar que um método de sobrevivência semelhante pode ter sido realizado pela humanidade para avaliar os riscos e alcançar algum ponto seguro para manutenção da vida quanto a chegada até o ponto onde estamos posicionados hoje, independentemente de qual tenha sido o método, se até os animais conseguem se organizar de maneira simples em temas aparentemente complexos, é possível acreditar que mesmo uma pessoa sem nenhuma orientação técnica tenha sido capaz de desenvolver algo do tipo, algo razoável e seguro com; método, organização, disciplina, planejamento, um pouco de dedicação com o uso de ferramentas disponíveis a ponto de a humanidade alcançar um excelente patamar civilizacional que talvez não cesse nunca em abundância, sempre, mas que seja suficiente, avançando ou regredindo, ou seja, muita coisa já foi realizada, principalmente no aspecto tecnológico. Em contrapartida alguns pontos parecem levar a humanidade a rupturas complicadas e perigosas (teremos sempre o controle tecnológico sobre aquilo que acreditamos dominar?), mesmo sem saber as consequências, tudo vai seguindo com ritmo próprio, quase automático, mesmo que seja rumo ao abismo. Há quem defenda que continuamos no processo de ‘Queda’ constante e irreversível. Os usos consagrados quanto ao comportamento humano já demonstraram que a manutenção da propriedade privada ao menos garante alguma segurança contra aqueles que tentam nos furtar até mesmo a nossa alma. Usos consagrados engloba tudo que de alguma maneira tem ajudado a nos mantermos vivos e com alguma capacidade de seguir adiante, frente a tantos perigos, muito criados e impostos por nós mesmos, a tradição é o grande ponto a ser seguido como referência orientadora, sem a manutenção da tradição a conversa se transforma em uma grande balela. Sem isso vira conversa fiada! O oposto a propriedade privada é selvageria. A manutenção da propriedade é fundamental para a manutenção da vida!